Luiz Carlos Miele e sua ligação com os 50 anos desse estilo musical bem brasileiro


Entrevistar Luiz Carlos Miele é registrar bom humor e múltiplas habilidades. Com seu talento, ao longo de quase seis décadas de carreira no campo das artes e da cultura, construiu uma sólida ligação com a Bossa Nova, nos 50 anos desse estilo musical brasileiro. A comunicação é outro ramo para o qual Miele dedica sua vida: atuou em emissoras de rádio; participou da inauguração da primeira televisão da América Latina, trabalhando como contra-regra, ator, apresentador e diretor de TV; e tem seu nome associado a grandes espetáculos musicais. Neste bate-papo, ele nos conta como todas essas diferentes oportunidades “foram aparecendo por acaso”.O início da carreira teve a influência de sua mãe, Irma Miele — que se apresentava com o nome artístico de Regina Macedo. Aos 12 anos, o menino já trabalhava como radioator em uma emissora de São Vicente/SP, no programa Meu filho, meu orgulho, de Mário Donato. Mais tarde, protagonizou outros programas infantis na Rádio Tupi, ao lado de Régis Cardoso, Érlon Chaves e Walter Avancini. Pouco tempo depois, o jovem presenciou a inauguração do grande fenômeno que mudaria a vida de milhões de brasileiros: a televisão, em 18 de setembro de 1950. “Inauguraram a TV Tupi de São Paulo com Assis Chateaubriand quebrando uma garrafa de champanhe na câmera, como se fosse um navio. Tinha duas câmeras, uma ele quebrou com a garrafa”, conta.
Histórias da Bossa NovaJá na TV Continental, ao realizar uma reportagem sobre o ritmo que crescia, viu a transformação do seu destino: “Foi uma coincidência, porque o grande agitador da Bossa Nova era Ronaldo Bôscoli, repórter da Manchete e noivo da Nara [Leão]. Ele fazia as primeiras canções com o Menescal e o Carlos Lyra; tinha emoção pela Bossa Nova”. A entrevista com Bôscoli, Nara Leão, Roberto Menescal e Chico Feitosa, o “Chico Fim de Noite”, aproximou o jovem produtor a uma das suas grandes paixões, consagrando-o como inventor do estilo banquinho e violão. “Eles estavam sentados no sofá para dar a entrevista. No sofá se toca muito mal violão, fica mal arranjado. E eu falei: ‘Espera aí. Assim fica ruim. Pega o banquinho’. E essa virou a marca da Bossa Nova.” (...)Leia a matéria na íntegra, adquirindo a revista Boa Vontade 223 pelo Clube Cultura de Paz: 0800 77 07 940.

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