Cyrano em São Paulo


Espetáculo marca a estréia em São Paulo de Karen Acioly que dirige
o texto de Denise Crispun, com consultoria artística de Bibi Ferreira

Com Mel Lisboa, Eduardo Pelizzari, Tadeu Mello e Maurício Machado, como Cyrano

Estréia em 18 de abril no TUCA

Uma das mais conceituadas realizadoras de teatro infantil no país, a carioca Karen Acioly, após mais de 25 anos de carreira, tem pela primeira vez um espetáculo encenado em São Paulo: ela é a diretora de Cyrano, adaptado para jovens por Denise Crispun, a partir do clássico teatral Cyrano de Bergerac, do francês Edmond Rostand, que estréia em 18 de abril, sábado, a partir das 16h, no TUCA – Teatro da Universidade Católica (Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes).

No elenco, Maurício Machado é o sensível e muito narigudo protagonista, apaixonado pela bela Roxanne, interpretada por Mel Lisboa, que é conquistada pelo atraente Cristiano, vivido por Eduardo Pelizzari. O ator Tadeu Mello é o coringa, interpretando diversos personagens: Conde de Guichê, Ragueneau, Aia, Capelão, Sentinela e Narrador.


O espetáculo tem a consultoria artística de Bibi Ferreira; direção de arte, cenário e figurinos de Maíra Knox; músicas e direção musical de Alexandre Elias; iluminação de Daniel Galván; desenhos animados e técnica de animação de Andrés Lieban.

A montagem de Cyrano, o texto de 1897 que saiu dos palcos franceses para aclamação mundial, se insere nas comemorações do Ano da França no Brasil. A produção e realização são da Manhas e Manias de Eventos. Patrocínio da Renault.

Cyrano é uma comédia heróica, cheia de ação e que exalta sentimentos nobres como o amor, a capacidade de renúncia, o cavalheirismo, a grandeza da alma e a importância dos sentimentos.

“Encenar um clássico como este nos dias de hoje é um desafio e um grande prazer. Ao transformar em linguagem atual uma história comovente, escrita há mais de cem anos procuramos recriar com o olhar de hoje o clima de uma época, em que o verso e a espada representavam a essência da humanidade”, afirma a diretora Karen Acioly.


Para a autora Denise Crispun, “escrever para crianças é um prazer e também uma imensa responsabilidade. É preciso encontrar as palavras certas, o tempo dramático adequado e a história que encante para alcançar a mente e a emoção dessa platéia. Os clássicos que se perpetuam em nossa memória trazem sempre um aprendizado, uma lição de vida. Cyrano transcende seu tempo, seu país de origem e até hoje toca nossos corações.”

A montagem fez sucesso no Rio e chega à SP com atores conhecidos do público: Mel Lisboa (que estréia em teatro infantil nessa produção), Eduardo Pelizzari (o Tozé de ‘Negócio da China’), Tadeu Mello (o Tatá de ‘A Turma do Didi’) e Maurício Machado (que em teatro infantil atuou e produziu ‘O Corcunda de Notre Dame’, ‘Gulliver’ e ‘O Mistério do Fantasma Apavorado’ e foi indicado por sua atuação em ‘Cyrano’ ao Prêmio Zilka Salaberry do Rio de Janeiro de melhor ator de 2008).

Sinopse

Tudo começa quando uma companhia de teatro dos dias de hoje decide encenar o clássico “Cyrano de Bergerac” com apenas quatro atores no elenco. A missão é difícil, uma vez que a trupe é pequena. Procurando contornar suas limitações, eles lançam mão de um ator “coringa” (Tadeu Mello), que alegremente e de forma surpreendente dá vida a vários personagens, além de muitos truques e efeitos teatrais.


A “peça dentro da peça” se passa em meados do século XVII, conta as aventuras e desventuras de Cyrano de Bergerac (Mauricio Machado), poeta romântico, dono de um imenso narigão que não consegue declarar sua paixão, desde a infância, pela bela Roxanne (Mel Lisboa).

O jovem Cristiano (Eduardo Pelizzari) também a ama, mas, despreparado e tímido, não sabe se expressar, ao contrário de Cyrano, que tem o dom da palavra. Este, sem esperanças românticas, conformado com seu amor platônico, resolve ajudar Cristiano a conquistá-la.

Em nome de Cristiano, Cyrano escreve cartas a Roxanne, ensina poesia ao rapaz e até fala por ele, às escondidas. As manobras acabam despertando a paixão de Roxanne por Cristiano, a quem julga ser o autor de todos os galanteios. Até que, com o passar do tempo, o segredo é revelado.

A montagem

Para dar conta desta criação, a diretora Karen Acioly optou por manter o elenco em tempo integral no palco, não só interpretando seus personagens de época, mas também os jovens atores que
“constroem em tempo real” o cenário, a iluminação cênica e fazem interferências paralelas à ação central, contrapondo à clássica história pares de tênis combinados a figurinos de época, por exemplo.

Ao longo da peça, os atores fazem desenhos e escreverem textos que microcâmeras captam e projetam no cenário. Há também projeções de desenhos animados criados especialmente para encenação pelo craque da animação Andrés Lieban, que pontuam a história com leveza e graça, e muitos outros efeitos especiais.

O autor

Edmond Rostand nasceu em Marselha, França, em 1868. Era filho do biólogo Jean Rostand. Diplomado em direito, jamais exerceu a profissão e desde cedo freqüentou as rodas literárias, conhecendo aí seu grande amor, a poetisa
Rosemonde Etiennette Gérard
, autora de As Flautas. Em 1888, escreveu sua primeira obra, a peça A Luva Vermelha e em 1890, casou com Rosemonde. Apenas em 1894 conseguiu a fama, com a peça Os Românticos, encenada pela Comédie-Française. Suas peças seguintes, A Princesa Longínqua, A Samaritana e O Filhote de Águia foram protagonizadas por Sarah Bernhardt, a maior atriz de teatro de seu tempo.

Sua obra máxima é Cyrano de Bergerac que estreou com estrondoso sucesso em 1897, em Paris, no Théàtre de la Porte-Saint-Martin, também encenada por Bernhardt, em Londres, em 1901. Graças a esse sucesso, Rostand foi eleito membro da Academia Francesa de Letras com pouco mais de trinta anos. Para escrever Cyrano de Bergerac, Rostand inspirou-se no poeta e filósofo homônimo que viveu entre 1619 e 1655, um questionador dos intelectuais de sua época. A obra, segundo a tradição romântica, foi escrita em versos, e consta que Rostand trabalhava tão febrilmente que chegava a compor 250 versos num único dia.

A diretora

Karen Acioly é reconhecida principalmente pelo seu trabalho voltado ao público infantil e infanto-juvenil – em cerca de 25 anos de atividades vem montando pelo menos duas novas peças a cada ano. É grande referência dentro e fora do país como realizadora de memoráveis encenações para o público infantil e jovem, onde conquistou todos os prêmios possíveis.

É criadora do Festival Intercâmbio de Linguagens (para crianças) e responsável pela implantação do teatro infantil na pauta municipal do Rio de Janeiro. Há alguns anos, a convite do então gestor da rede municipal de teatros do Rio, Miguel Falabella, criou e fomentou o Teatro do Jockey, onde é diretora artística.

Entre os espetáculos que destaca em sua longa carreira, estão: Tuhu, o menino Villa-Lobos (1997/1998), prêmios Sharp, Mambembe e Coca-cola de melhor espetáculo, direção, música, ator, figurino e categoria especial (originou o livro homônimo que recebeu o Prêmio Lucia Benedetti /FNLIJ de melhor livro de teatro para crianças em 2008); e Bagunça (a ópera baby), que recebeu o prêmio Maria Clara Machado de melhor direção em 2003 (originou a Coleção bagunça, trilogia lançada pela Editora Rocco 2008)

A adaptadora

A carioca Denise Crispun formou-se em História em 1982, mas desde 1984 conta suas próprias histórias, como escritora, autora teatral, roteirista de cinema e tv. Tem mais de vinte peças (infantil e adulto) montadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. O espetáculo de sua autoria, Tem Areia no Maiô, está em cartaz há treze anos com o grupo As Marias da Graça, tendo excursionado por todo o Brasil e também participado de festivais no exterior.

Publicou três livros para crianças: Morangos e Lunetas, Pedro e o Lobo e O Segredo de Cocachim. Escreveu, em parceria com Claudio Lobato um livro de ficção científica para jovens: Copacabana Jones em Recordações do Futuro, lançado pela editora Rocco.

O curta metragem
Apenas Dois Garotos de sua autoria e com direção de Sergio Bloch, foi selecionado para a Mostra internacional de Curtas Metragens do Rio de Janeiro em outubro de 2007. Em 2008 teve encenadas duas peças de sua autoria no Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Os Jardins do Rei e A Arte de Viajar sem sair do Lugar, além do monólogo Amor Perfeito, interpretado por Rosane Goffman

É contratada da Rede Record de Televisão como novelista e atualmente escreve Bela, a feia, versão de Betty, a Feia, que estréia em breve na telinha.

A Produtora

Apostando mais uma vez no teatro infantil de qualidade e de relevância artística e intelectual, a produtora paulista Manhas & Manias de Eventos com quinze anos de existência já realizou diversas produções para toda a família, como: O Corcunda de Notre Dame
, Gulliver, O Mistério do Fantasma Apavorado (adaptação de O Fantasma de Cantervillle, de Oscar Wilde).

Ainda no segmento infantil em Julho deste ano lançará a sétima edição do FIL (Festival Internacional de Intercâmbio de linguagens) na cidade do Rio de Janeiro, e em SP, pelo primeiro ano; festival que reúne os mais expressivos espetáculos para a infância de diversas companhias internacionais e nacionais.

A Manhas & Manias atua também no teatro adulto. Entre essas produções figuram: Em nome do Pai, O Último Bolero, Um Passeio no Parque, A Soma de Nós e Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores.

Ficha Técnica

Texto: Denise Crispun, sobre obra de Edmond Rostand / Direção: Karen Acioly / Consultoria artística: Bibi Ferreira / Elenco: Mel Lisboa (Roxanne), Eduardo Pelizzari (Cristiano),
Tadeu Mello (Conde de Guiche / Ragueneau / Aia / Capelão / Sentinela / Narrador), Maurício Machado (Cyrano de Bergerac)

Assistente de Direção: Ana Madalena Nery / Direção de arte, cenário e figurinos: Maíra Knox / Músicas e direção musical: Alexandre Elias / Iluminação: Daniel Galván / Consultoria de Luz: Jorginho de Carvalho / Desenhos animados e técnica de animação: Andrés Lieban / Preparação corporal e técnica do Kinomichi: Christiana Cavalcanti / Lutas: Thierry Figueira e Christiana Cavalcanti / Visagismo: Vavá Torres / Prótese do nariz - Mário Campioli / Programação Visual: André Moia / Fotos: Guga Melgar e Paulo Sadao / Cenotécnico: Ricardo Garcia / Contra-regra: Filipe Pires / Camareira: Charlize Ferreira / Produção Executiva SP: Tili Woldby e Oliver Callegari / Administração: Tili Woldby / Direção de Produção: Eduardo Figueiredo / Leis de Incentivo: Carlos Ferraz / Atendimento Renault: Vanessa Rodriguez / Realização e Produção: manhas & manias de eventos

CYRANO - Serviço

Estréia:
18 de abril de 2009, Sábado, 16h

Local: Teatro TUCA (Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – tel.: 11.3670.8455)

Horários: sábados e domingos, às 16h

Temporada: até 28 de junho de 2009

Gênero: infanto-juvenil

Duração: 55 minutos

Classificação etária: livre (recomendado para crianças a partir de 5 anos)

Lotação: 672 lugares

Preços: R$ 40,00; R$ 20,00 (meia) e R$ 10,00 (preço promocional para alunos, professores e funcionários da PUC)

Bilheteria: de quarta e quinta, das 15h às 21h. Pagamento com cheque ou dinheiro.

Central de vendas: (11) 2198-7726 ou pelo site: http://www.compreingressos.com/

Grupos e escolas:
(11) 3883-9090.

Estacionamento: Convênio com estacionamento na R. Monte Alegre, 835 (R$ 10,00) ou Serviço de Vallet na porta do Teatro (R$ 15,00)

Acesso para deficientes

Ar Condicionado

Patrocínio: Renault

Promoção: Rede Globo

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