40 anos da humanidade na lua






20 de julho de 1969 domingo, mar da tranquilidade.

Em meio ao silêncio, paz e escuridão do espaço, o modulo lunar conhecido como Eagle (Águia) fazia a aproximação final para pouso em solo lunar.
Nos segundos finais da aproximação dentro do controle da missão, o lendário Eugene Kranz ou apenas Gene Kranz segurou a respiração, assim como todos os outros.
São aqueles segundos que antecedem algo grande, como o primeiro beijo, quando sua boca vai aproximando-se da pessoa que ama e parece que tudo a sua volta para: o ar para, os segundos param. Essa foi a sensação dentro do controle da missão.
Afinal era o primeiro beijo, o primeiro beijo da humanidade no espaço.
Quando a Águia pousou, ecoou pela sala do controle da missão a celebre frase: “Houston, Tranquility Base here. The Eagle has landed”. (“Houston, aqui Base da Tranqüilidade. A Águia pousou”).
Então veio aquela sensação em todos como explosões de fogos de artifícios dentro de seus corações, mentes e almas.
Beijamos, beijamos a eternidade.
Passado aquele furacão "adolescente" voltaram todos profissionais as suas posições, afinal agora vamos caminhar na lua.
Algumas preparações finais, algumas checagens, Neil Armstrong, abria a porta do modulo lunar para dar o primeiro passo a caminho da eternidade.
Mas vamos imaginar, o que será que passou pela cabeça de Neil Armstrong?
Será que ele pensou em tudo o que fez para chegar até ali, todo o trabalho, as horas não dormidas, toda a pressão, a imagem da família e amigos diante de seus olhos, pode sim ter passado tudo isso.
Agora imagine-se dentro daquela enorme roupa desconfortável, olhando para um solo meio acinzentado, mas imaculado olhar para cima dentro do capacete e ver a escuridão do espaço.
E contemplar em nossa pequenez a grandiosidade do universo.
Imaginar que Deus fez aquilo, por que acredito que depois de viajarmos a algo tão incrivelmente diferente, distante, cinza mas maravilhoso até os mais céticos pensam: "É realmente Deus existe para criar algo tão belo", mas essa é minha opinião.
Vamos voltar ao pouso.
O astronauta vira-se de costas para a lua e de frente para a escada do módulo lunar, só alguns degraus o separam do solo da lua.
Desce os degraus, para na base da escada que fica em uma das pernas do modulo, vira de frente da um passo e entra para história.
Ao pisar na lua a frase que Neil Armstrong falou, não poderia ser melhor escolhida:"Um pequeno passo para um homem. Mas um grande passo para a humanidade.", naquele momento Neil Armstrong não era um cidadão Norte Americano, nascido em Wapakoneta Ohio, em 1930, mas sim um cidadão do mundo.
Um cidadão que naquele instante representava a todas as religiões, todas as nações, todas as etnias, todos nós.
O primeiro de um restrito numero do homens a viajar pelo espaço, enfrentar o desconhecido sem saber se voltaria para casa.
Ele foi seguido por Edwin "BUZZ" Aldrin, nascido em New Jersey, em 1930 que não se importava em ser o segundo homem a pisar na lua, mas sim apenas queria chegar lá.
Fazer história, e olhar para imensidão assim como seu companheiro Armstrong.
Enquanto eles Neil Armstrog e Buzz Aldrin desciam do Eagle e caminhavam na lua, no modulo de comando observando a tudo como um fiel escudeiro, um anjo da guarda, estava Michael Collins, nascido em Roma-Italia, também em 1930 e filho de um general que serviu em várias partes do mundo.
Collins ficou sobrevoando seus companheiros na imensidão do espaço tendo tanta importância para a missão Apollo, como os dois que caminhavam abaixo dele.
E durante duas horas e quarenta minutos a humanidade caminhou na lua, com os pés de Armstrong e Aldrin, como quando somos crianças e subimos nos pés de nossos pais para dançar.
E assim, após esse período eles retornam ao Eagle e preparam sua volta ao módulo de comando.
Após as checagens pré voo eles são alçados na imensidão do espaço e são "capturados" pelo modulo de comando e seu "anjo da guarda" Michael Collins.
Dias depois retornam a terra e são recebidos como heróis, honras militares e de estado.
Entrevistas, fotos, reportagens especiais, são tratados por todos como estrelas de cinema.
Depois deles alguns poucos tiveram a oportunidade de voltar a nossa romântica companheira de todas as noites.
Após a missão Apollo XI, vieram as missões Apollo XII, XIII (conhecida pela frase: Houston, we've had a problem "Houston, nós tivemos um problema"), XIV, XV, XVI, XVII está a ultima missão tripulada a lua.
No total 12 homens pisaram na lua, mas junto com eles milhões de sonhos foram junto.
Depois disso, vieram outros projetos grandiosos, como o primeiro robo a andar em marte, as sondas que são enviadas a imensidão do espaço e tantos outros que virão.
Mas todas as noites essa equipe de homens e mulheres que ousaram sonhar e mais ainda ousaram em ir aonde nenhum homem jamais foi, contemplam a noite companheira pensando: Quando voltaremos lá?
Se nós conseguimos superar o infinito para alcançarmos a eternidade, nós também somos capazes de viver nesse pequeno planeta chamado terra, em paz e compreensão.
Acredito que a maior marca que a missão Apollo e seus homens deixaram para nós não é apenas os passas que demos na lua, mas sim os passos que podemos dar em nosso planeta.
Para uma raça que consegue alcançar a imensidão do espaço e levar e trazer com segurança suas tripulações, vivermos em harmonia no nosso planeta não é nada difícil.
Sonhamos com a lua e chegamos lá.
Agora, vamos sonhar com a paz, com o respeito e com o amor ao próximo e chegaremos lá também.
Um grande abraço e até a próxima.

Comentários

Anônimo disse…
Nossa fiquei muito emocionado com essa matéria. Prezado Alziro parabéns. Realmente esse feito nos faz sonhar e acreditar que tudo é possível.

Um abraço.

José Ferraz
Anônimo disse…
Alziro, parabéns. Você conseguiu expressar em palavras o sentimento de muitos terráqueos.
Hoje esse fato nos encanta, imagine só naquela época.

Até mais.

Bruno Pedroso

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