Tamar: 30 anos protegendo um patrimônio vivo
O apelo emocional é indescritível.
Qualquer freqüentador de um balneário brasileiro que é ponto certo das tartarugas marinhas sempre se encanta ao ver alguma espécie por perto. Poder apreciar sua desova, então, chega a ser um presente da natureza para os olhos.
Mas garantir que tantas espécies marinhas continuem visitando as praias brasileiras para se reproduzirem, perpetuando a espécie, é um trabalho sério e árduo, que requer rotina e disciplina. Os biólogos e técnicos do Centro Nacional de Conservação e Manejo de Tartarugas Marinhas, popularmente conhecido como Tamar – centro especializado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sabem bem disso.
E das primeiras ações de conservação das espécies para cá já se vão 30 anos. Para celebrar a data, oficialmente marcada em 2010, o Projeto Tamar/ICMBio inicia este mês uma série de comemorações. Segundo o coordenador nacional do Tamar e oceanógrafo Guy Marcovaldi, toda a programação vai envolver a Petrobras, patrocinador oficial, ICMBio, outros parceiros, e sobretudo as comunidades litorâneas.
Os eventos vão acontecer predominantemente nos vilarejos de nove Estados brasileiros onde o Projeto atua (Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina).
A abertura oficial da programação aconteceu nesta sexta-feira (13), na praça do Porto da Praia do Forte, em frente à igrejinha de São Francisco de Assis, na Bahia, com shows de Lenine, Luis Caldas e das bandas Móveis Coloniais de Acaju e Casco Cabeça, todos abertos ao público.
Também será inaugurada a exposição Amigo das Tartarugas, com 60 painéis, e lançada a nova homepage do Tamar (www.tamar30anos.com.br). As comemorações continuam no sábado (14) com Casco Cabeça, a banda do Tamar, o rock’n roll de Móveis Coloniais de Acaju e a participação especial de Lenine.
História – Também para marcar os seus 30 anos, o Tamar está lançando o CD 30 Anos de História para Cantar, com músicas cujos principais temas
são o ciclo de vida das tartarugas marinhas, a conservação da natureza e a história das pessoas que ajudaram a contruir o Projeto. Estão no disco grandes artistas como Lenine, Margareth Menezes, Armandinho e Luiz Caldas, e bandas de rock’n roll e jazz, como Dazaranha e Móveis Coloniais de Acaju.
Todas as músicas são inéditas e foram compostas exclusivamente para integrar esse projeto. O ciclo de vida das tartarugas marinhas, cheio de mistérios e poesia, bem como a vida dessa gente que mora nas praias espalhadas pelo litoral brasileiro, trabalhando para protegê-las, foram a fonte de inspiração para a grande maioria das canções. Os estilos variam do rock ao forró, passando pelo jazz, blues, reagae, samba, bossa nova e marchas carnavalescas.
Além de compositores profissionais que se integraram à produção, as músicas do CD têm como autores pescadores e moradores das vilas, gente das comunidades litorâneas onde o Tamar trabalha, além de integrantes das equipes do próprio Projeto.
Segundo Guy Marcovaldi, idealizador do projeto, o CD é mais uma ferramenta adotada pelo Tamar – junto a outras tantas que já utiliza, como cartazes, folders, revistas, livros e vídeos - para sensibilização, educação ambiental, informação e divulgação, chamando a atenção da sociedade para a necessidade de proteger as tartarugas e o ambiente marinho. “Através da força da música e da credibilidade dos artistas reunidos, o Tamar leva sua mensagem a públicos novos e cada vez
mais diversificados”, afirma Guy.
Aprender fazendo - A longa jornada do Tamar começou em 1980, com um grande desafio: entender e proteger as tartarugas marinhas ao longo da costa brasileira. O programa monitora atualmente cerca de 1.100 quilômetros de litoral e áreas oceânicas, com 23 bases de pesquisa, promovendo a geração de trabalho para cerca de 1.300 pessoas – 85% pertencentes a comunidades locais.
Desde o começo, como afirma a coordenadora técnica nacional do Tamar e oceanógrafa Neca Marcovaldi, todo o trabalho se baseou no envolvimento comunitário e no “aprender fazendo”. A parceria com diferentes setores da sociedade, incluindo governo, empresas privadas e ONGs foi a chave para superar as dificuldades encontradas pelo caminho e alcançar as metas de conservação. “As estratégias aplicadas reduziram drasticamente a caça das tartarugas e a coleta dos ovos”, afirma.
Conforme ressalta a coordenadora técnica, o Tamar tem publicado os resultados de uma análise de longo prazo do número de ninhos de quatro espécies que desovam ao longo da costa brasileira.
Os resultados positivos indicam o início da recuperação dessas populações e apontam para novos desafios na sua conservação, como o desenvolvimento costeiro, interações pesqueiras, lixo e outros. Todos exigem uma adaptação dos esforços de acordo com as novas realidades, mas sempre com o mesmo ideal que tornou o Tamar um programa de conservação bem sucedido.
Emprego e renda - Para assegurar a sustentabilidade de resultados de longo prazo, desde o início tem sido essencial a participação direta de comunidades litorâneas nas atividades de conservação das tartarugas marinhas, como o trabalho de campo, o ecoturismo e a confecção de produtos que usam as tartarugas marinhas como símbolo.
As ações educacionais e de envolvimento comunitário criam pontes entre as atividades de proteção e a realidade das localidades, promovendo melhoria no padrão de vida das pessoas, por meio de programas de capacitação profissional e geração de emprego e renda.
Os centros de visitantes, localizados estrategicamente em algumas das bases da Tamar, são importantes ferramentas de sensibilização e comunicação sobre a relevância dos ecossistemas marinhos e das tartarugas.
Por meio do ecoturismo e da comercialização de produtos e serviços, os centros são também fonte de emprego e renda para comunidades locais e de recursos para a manutenção das atividades de conservação na praia e no mar.
Programação:
Dia 13/11
18h - Abertura da exposição Amigos das Tartarugas Marinhas
19h – Show com a banda Casco Cabeça - do Tamar – ocasião em que apresentará varias musicas especialmente compostas para as comemorações, com participação do Luiz Caldas, Móveis Coloniais de Acaju e Lenine
20h30 - Show com Luiz Caldas
21h30 - Intervalo
22h – Show com Lenine - Labiata.
23h - Soltura de tartaruga marinha no porto no fundo do palco
Entrada no ar da nova home page “Tamar 30 Anos”(www.tamar30anos.com.br)
Inauguração do novo espaço “Submarino Amarelo” dos animais de profundidade
Local: Praça do porto da Praia do Forte, ao lado da sede do Tamar.
Algumas das espécies protegidas pelo Tamar:
Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta)
Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)
Tartaruga-verde ou aruanã (Chelonia mydas)
Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea)
Tartaruga-gigante ou de-couro (Dermochelys coriacea)
Tartaruga flatback (Natator depressus)
Mais informações:
Sede do Tamar Nacional
Praia do Forte, Salvador - BA
Tel.: (71) 3676-1020/1045
Ascom/CMBio
(61) 3341-9290
Mas garantir que tantas espécies marinhas continuem visitando as praias brasileiras para se reproduzirem, perpetuando a espécie, é um trabalho sério e árduo, que requer rotina e disciplina. Os biólogos e técnicos do Centro Nacional de Conservação e Manejo de Tartarugas Marinhas, popularmente conhecido como Tamar – centro especializado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sabem bem disso.
E das primeiras ações de conservação das espécies para cá já se vão 30 anos. Para celebrar a data, oficialmente marcada em 2010, o Projeto Tamar/ICMBio inicia este mês uma série de comemorações. Segundo o coordenador nacional do Tamar e oceanógrafo Guy Marcovaldi, toda a programação vai envolver a Petrobras, patrocinador oficial, ICMBio, outros parceiros, e sobretudo as comunidades litorâneas.
Os eventos vão acontecer predominantemente nos vilarejos de nove Estados brasileiros onde o Projeto atua (Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina).
A abertura oficial da programação aconteceu nesta sexta-feira (13), na praça do Porto da Praia do Forte, em frente à igrejinha de São Francisco de Assis, na Bahia, com shows de Lenine, Luis Caldas e das bandas Móveis Coloniais de Acaju e Casco Cabeça, todos abertos ao público.
Também será inaugurada a exposição Amigo das Tartarugas, com 60 painéis, e lançada a nova homepage do Tamar (www.tamar30anos.com.br). As comemorações continuam no sábado (14) com Casco Cabeça, a banda do Tamar, o rock’n roll de Móveis Coloniais de Acaju e a participação especial de Lenine.
História – Também para marcar os seus 30 anos, o Tamar está lançando o CD 30 Anos de História para Cantar, com músicas cujos principais temas
são o ciclo de vida das tartarugas marinhas, a conservação da natureza e a história das pessoas que ajudaram a contruir o Projeto. Estão no disco grandes artistas como Lenine, Margareth Menezes, Armandinho e Luiz Caldas, e bandas de rock’n roll e jazz, como Dazaranha e Móveis Coloniais de Acaju.Todas as músicas são inéditas e foram compostas exclusivamente para integrar esse projeto. O ciclo de vida das tartarugas marinhas, cheio de mistérios e poesia, bem como a vida dessa gente que mora nas praias espalhadas pelo litoral brasileiro, trabalhando para protegê-las, foram a fonte de inspiração para a grande maioria das canções. Os estilos variam do rock ao forró, passando pelo jazz, blues, reagae, samba, bossa nova e marchas carnavalescas.
Além de compositores profissionais que se integraram à produção, as músicas do CD têm como autores pescadores e moradores das vilas, gente das comunidades litorâneas onde o Tamar trabalha, além de integrantes das equipes do próprio Projeto.
Segundo Guy Marcovaldi, idealizador do projeto, o CD é mais uma ferramenta adotada pelo Tamar – junto a outras tantas que já utiliza, como cartazes, folders, revistas, livros e vídeos - para sensibilização, educação ambiental, informação e divulgação, chamando a atenção da sociedade para a necessidade de proteger as tartarugas e o ambiente marinho. “Através da força da música e da credibilidade dos artistas reunidos, o Tamar leva sua mensagem a públicos novos e cada vez
mais diversificados”, afirma Guy.Aprender fazendo - A longa jornada do Tamar começou em 1980, com um grande desafio: entender e proteger as tartarugas marinhas ao longo da costa brasileira. O programa monitora atualmente cerca de 1.100 quilômetros de litoral e áreas oceânicas, com 23 bases de pesquisa, promovendo a geração de trabalho para cerca de 1.300 pessoas – 85% pertencentes a comunidades locais.
Desde o começo, como afirma a coordenadora técnica nacional do Tamar e oceanógrafa Neca Marcovaldi, todo o trabalho se baseou no envolvimento comunitário e no “aprender fazendo”. A parceria com diferentes setores da sociedade, incluindo governo, empresas privadas e ONGs foi a chave para superar as dificuldades encontradas pelo caminho e alcançar as metas de conservação. “As estratégias aplicadas reduziram drasticamente a caça das tartarugas e a coleta dos ovos”, afirma.
Conforme ressalta a coordenadora técnica, o Tamar tem publicado os resultados de uma análise de longo prazo do número de ninhos de quatro espécies que desovam ao longo da costa brasileira.
Os resultados positivos indicam o início da recuperação dessas populações e apontam para novos desafios na sua conservação, como o desenvolvimento costeiro, interações pesqueiras, lixo e outros. Todos exigem uma adaptação dos esforços de acordo com as novas realidades, mas sempre com o mesmo ideal que tornou o Tamar um programa de conservação bem sucedido.
Emprego e renda - Para assegurar a sustentabilidade de resultados de longo prazo, desde o início tem sido essencial a participação direta de comunidades litorâneas nas atividades de conservação das tartarugas marinhas, como o trabalho de campo, o ecoturismo e a confecção de produtos que usam as tartarugas marinhas como símbolo.
As ações educacionais e de envolvimento comunitário criam pontes entre as atividades de proteção e a realidade das localidades, promovendo melhoria no padrão de vida das pessoas, por meio de programas de capacitação profissional e geração de emprego e renda.
Os centros de visitantes, localizados estrategicamente em algumas das bases da Tamar, são importantes ferramentas de sensibilização e comunicação sobre a relevância dos ecossistemas marinhos e das tartarugas.
Por meio do ecoturismo e da comercialização de produtos e serviços, os centros são também fonte de emprego e renda para comunidades locais e de recursos para a manutenção das atividades de conservação na praia e no mar.
Programação:
Dia 13/11
18h - Abertura da exposição Amigos das Tartarugas Marinhas
19h – Show com a banda Casco Cabeça - do Tamar – ocasião em que apresentará varias musicas especialmente compostas para as comemorações, com participação do Luiz Caldas, Móveis Coloniais de Acaju e Lenine
20h30 - Show com Luiz Caldas
21h30 - Intervalo
22h – Show com Lenine - Labiata.
23h - Soltura de tartaruga marinha no porto no fundo do palco
Entrada no ar da nova home page “Tamar 30 Anos”(www.tamar30anos.com.br)
Inauguração do novo espaço “Submarino Amarelo” dos animais de profundidade
Local: Praça do porto da Praia do Forte, ao lado da sede do Tamar.
Algumas das espécies protegidas pelo Tamar:
Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta)
Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)
Tartaruga-verde ou aruanã (Chelonia mydas)
Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea)
Tartaruga-gigante ou de-couro (Dermochelys coriacea)
Tartaruga flatback (Natator depressus)
Mais informações:
Sede do Tamar Nacional
Praia do Forte, Salvador - BA
Tel.: (71) 3676-1020/1045
Ascom/CMBio
(61) 3341-9290
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