Estilos Decorativos - Clássicos e Rusticos.


Quando se trata de decorar, gosto é coisa que não se discute. E é sabendo disso que muitos arquitetos tentam incentivar seus clientes a aprovarem novas ideias e combinações criativas no contexto de seus estilos de vida e preferências estéticas. Mesmo assim, na escolha dos elementos a combinar, é possível olhar ao redor e ver o que outras pessoas têm usado para decorar e buscar uma aplicação inovadora para os mesmos objetos, cores e materiais.

Em 2010, continuaremos a discutir o clima, o meio ambiente e, de quebra, o comportamento humano – principalmente aquele que consome e desperdiça demais, joga fora materiais que são reutilizáveis, ou prefere equipamentos que gastam mais energia. Se a Conferência de Copenhague já passou, o verde continua em alta, e com ele os hábitos sustentáveis.
Já é mais do que claro para todos que salvar o planeta exige uma atitude um pouco mais responsável e séria, diante da vida e, por que não, da casa. Assim, como buscar novas experiências decorativas, sem deixar de fazer bonito e, ao mesmo tempo, respeitando as necessidades de preservação? A Revista da Casa perguntou a alguns arquitetos.

1. Paira no ar uma sensação de austeridade que traz o clássico e o rústico de volta à decoração. Pelo menos, é como arquiteta de interiores Simone Goltcher percebe o ano de 2010. “Há uma preferência dos clientes por molduras rebuscadas em gesso”, revela. Ela acredita que a retomada acontece porque a linha clássica remete muito ao aconchego. Por outro lado, um estilo mais tradicional pode ser interpretado como a procura de um comportamento mais sério ou correto.

2. A madeira será elemento central desta onda, assim como tudo que for reutilizável, ou possa ser restaurado – móveis, pisos, objetos de decoração. A madeira se encaixa, simultaneamente, tanto nos estilos clássico e rústico, quanto no movimento de preservação da natureza, porque tende a valorizar materiais que custaram à Mãe-Terra muita energia e trabalho para serem “fabricados”. Além disso, se não se sabe ao certo qual será o futuro das árvores, é muito bom guardar a sete chaves o que já foi cortado delas.

3. “Os tons creme têm a cara do clássico, e seu uso se fortalece. Há muita mistura da madeira com dourados, ou madeira de demolição entrando nos livings, até em painéis decorativos”, afirma Simone. “Além de aquecer mais a casa, tornando-a mais aconchegante, muita gente tem preferido ficar mais tempo dentro de casa, devido à violência nas ruas.”

4. Já o arquiteto Antonio Fabiano Júnior é adepto do faça você mesmo: “Compre cola, tecidos, papel, tintas, e faça algo à mão – uma luminária, um cinzeiro, ou almofadas, dando utilidade a objetos velhos, desgastados, que você já tinha em casa.” Além de preservar materiais, será único, original. “Também gosto de tirar coisas do lugar, e usar uma cadeira velha, por exemplo, como mesa de canto.”

5. Antonio indica o revestimento com materiais inusitados. Simone Goltcher aproveita a deixa para apontar os diversos tipos de papel de parede encontrados no mercado, com cores e texturas variadas, além das fibras de seda, que ela usa na mesma função do papel de parede, combinada com uma bancada de demolição, num lavabo, por exemplo. “A fibra de seda é como se fosse uma palha, e possui brilho próprio.” A mesma fibra pode decorar a cabeceira da cama.

6. Na onda clássica, o linho poderá revestir sofás e o bambu tem forte apelo natural para cadeiras e banquetas. “Quanto ao design, continua a tendência das linhas retas italianas, mais leves, para grandes objetos, como sofás”, diz Simone. Para quem quiser o rústico mais pesado, encontrará pequenas mesas de centro ou laterais de tora. “Aparadores também podem cumprir esse papel mais rústico; eventualmente, a mesa de jantar com base de tora e tampo de vidro se enquadra bem nesse estilo”.

Uma excelente semana a Todos!

Renata Rocha
Publicitária, Asses. Imprensa;
Consultora em MKT e Mídia;
Colunista Social.

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