Municipalização de duas escolas de Poá, em São Paulo é debatida na Câmara Municipal

Vereadora Jeruza Lisboa Pacheco Reis


Na noite desta quinta-feira (04), a Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social composta pelos vereadores Fernando Rodriguez Molina Júnior (PV), o Júnior da Locadora, Jeruza Lisboa Pacheco Reis (PTB), e Marcos Ribeiro da Costa (PDT), o Marquinhos Indaiá, respectivamente presidente, secretária e membro, organizaram um debate para tratar da proposta de municipalização de duas escolas estaduais Elias Zughaib e Ivone da Silva Oliveira.
O secretário municipal de Educação Carlos Humberto Martins Duarte compareceu a audiência para tirar as dúvidas a respeito da municipalização, que segundo ele a tendência é melhorar, porque as escolas deixaram de pertencer ao estado e passarão para o município.
“Os professores concursados ficam, como aconteceu com a municipalização de 1998, os que não são concursados, mesmo que não houvesse a municipalização, não seria garantia que eles ficariam na escolas porque todos os anos acontece a atribuição de aulas. Nós teremos mais professores trabalhando do que o estado pode oferecer. Nós vamos acabar com a figura do professor eventual, nós criaremos os cargos de professor adjunto. A tendência é melhorar muito o ensino. Eu acredito na municipalização. Segundo dados do IDEB, a nossa pior escola, é melhor que a melhor escola do estado. O município tem muito mais para oferecer”, declarou Humberto, que também esclareceu dúvidas a respeito do EJA (Educação para Jovens e Adultos).
Estavam presentes um dos diretores da Apeoesp (Associação de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) Douglas Martins Izzo, representando os funcionários das escolas estava o senhor João Marcos de Lima, e representando os alunos a senhora Eunice de Moraes.
“Se nada vai mudar, então para que passar para o município? Essas escolas estão atendendo plenamente a população de Poá, não consigo entender, e ainda não me convenceram de que isso será um avanço. Primeiro um avanço pra mim seria atender todas as crianças da escola. As pessoas estão preocupadas em como ficará o ensino, em como ficarão os funcionários e os professores”, declarou o representante dos professores Douglas Izzo.
O debate teve momentos mais acalorados, mas para o presidente da comissão Júnior da Locadora a reunião foi proveitosa, e teve uma ampla discussão.
“A Câmara aprovou em 1997 uma lei que permite que seja feita a municipalização do ensino pelo poder Executivo, e ela continua em vigor até a presente data. O que compete aos vereadores não é aprovar ou não uma lei para municipalização, o fizemos aqui é o que é dever da Casa, que é o debate, por isso agradeci a todos que compareceram. A comissão não tomou partido, permaneceu imparcial. Ao meu ver a audiência foi boa, algumas dúvidas foram sanadas, mas todas as pessoas tiveram direito a fala. Todos tiveram oportunidade para fazer as perguntas, e conseguiram manter a calma”, comentou Júnior.
Estiveram presentes também os vereadores Azuir Marcolino Cavalcante (PTB), Augusto Jesus da Silva (PRB), e Mário Massayoshi Kawashima (DEM), o Mário Sumirê.

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