Voluntariado e Humanização

O Voluntário, dá cor e alegra o ambiente sem pedir nada em troca!

O voluntariado é uma dádiva de afecto e do tempo próprio de cada um, que implica um sentido de solidariedade para com o outro e cujo objectivo é promover o bem-estar da Comunidade. O Voluntário adere espontaneamente a uma causa. Dedica-se a ela. Há Voluntários de todas as idades e de todas as condições. Oferecem-se para estar presentes junto dos que necessitam. É um compromisso desinteressado. É estar atento, observar, ser sensível, dar-se. Só pode ser Voluntário quem AMA A VIDA.
Hoje em dia, felizmente, é cada vez maior o número de pessoas que exercem voluntariado, e portanto, espontaneamente estão presentes em diversos sectores da sociedade. Numa busca contínua para minimizar o sofrimento, procuram-se formas diversas de estar presente, sempre com o objectivo de servir e ajudar.
O aparecimento do Voluntariado hospitalar contribuiu de maneira significativa para melhorar o acompanhamento do doente, amenizando o seu sofrimento. Na raiz de toda a acção está a convicção de que o apoio afectivo contribui de forma decisiva para promover a adopção de uma atitude positiva perante a vida (na saúde e na doença). A missão do voluntariado é, com disponibilidade e carinho, dar ao doente enquanto internado ou nas salas de espera o conforto que os técnicos gostariam de poder prestar, mas que não conseguem, dado o pouco tempo de que dispõem para cada doente. Assim, todos os que trabalham nos hospitais e os voluntários da LIGA são um todo com um objectivo comum: acolher aqueles que, por necessidade e com o coração cheio de esperança, lhes vão pedir ajuda. Também os Movimentos de Entre-ajuda, assegurados por Voluntários que passaram pela doença, conseguem um diálogo com total empatia e com os seus próprios testemunhos levam a mensagem de que amanhã será outro dia, contribuindo para a reintegração dos Doentes na sociedade.
O Voluntário tem de ter um bom equilíbrio emocional que lhe permita uma disponibilidade empenhada no dar a atenção e o carinho que o doente necessita, ouvindo os seus problemas e mantendo-o em contacto com os familiares e o seu ambiente, dando-lhe esperança numa vida melhor. Para ser Voluntário da LPCC, o mesmo espírito é indispensável, assim como a cedência de algum tempo, um grande equilíbrio emocional e a palavra carinhosa que transmite calor, carinho, conforto. Os Voluntários, devidamente preparados e com total empenho, são a componente de Humanização que deu origem à LPCC e de que tanto nos orgulhamos.
Já são mais de 1000 os Voluntários que prestam serviço com carácter regular. Dedicam-se ao doente, sem motivos religiosos ou políticos, por vontade própria. Dão-lhes afecto e consolo. São pequenas acções diárias, executadas por gente anónima mas que apesar de pequenas, no seu todo podem, em termos de qualidade de vida, fazer toda a diferença.
Na raiz de toda a acção desenvolvida pelos Voluntários, continua a estar o trabalho indispensável de todos nós, Voluntárias e Voluntários, que encontramos nestas actividades razão para concretizarmos o compromisso de melhorarmos como pessoas, contribuindo para o bem-estar da Comunidade a que pertencemos. Para além do trabalho hospitalar, há ainda outras formas de exercer o Voluntariado na LPCC: Voluntários são igualmente todos os que se dedicam às campanhas de Promoção de Hábitos de Vida Saudáveis, de Prevenção do Cancro, os artistas que actuam em festas para os doentes, Comunidades inteiras mobilizadas nas acções “Um Dia Pela Vida” (16.000 Voluntários desde 2005), todos os cidadãos e cidadãs que calcorreiam as ruas do nosso País durante o Peditório Nacional, todos os que fazem o seu donativo, os profissionais de saúde e da comunicação social, e tantos outros. Tão Voluntário é quem apoia directamente o doente e a família como é quem disponibiliza meios para a LPCC prestar um serviço de melhor qualidade. São também Voluntários todos os que integram os próprios órgãos sociais da LPCC.
O exemplo mais recente é o das acções “Um Dia Pela Vida” que permite pôr as pessoas a partilhar preocupações, falar sobre cancro, desmontar mitos relacionados com a doença, alertar para a importância da prevenção e transmitir uma mensagem de esperança relativamente à cura.
Estes apoios anónimos ou de rectaguarda, pautam pela discrição, mas são tão meritórios como todos os outros com rosto visível. Todos os que contribuem de forma desinteressada com os seus conhecimentos e/ou com recursos permitem-nos prosseguir a nossa luta de forma mais eficaz e duradoira.
Todos sabemos – porque vemos – que o mundo está a mudar, tornando-se mais exigente em todos os aspectos. Também nós precisamos de tornar-nos mais exigentes no nosso Voluntariado, procurando reforçar as nossas capacidades de serviço em prol dos outros e da Comunidade.

Reflitam!

Grata,
Colunista Renata Rocha
http://www.facebook.com/?ref=home#!/RenataRocha.Comendadora

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