Ralos de Piscinas causam mortes!!!
Eu assisti uma importante matéria realizada na TV Record , sobre um assunto que eu desconhecia, por isso resolvi publicar aqui, para que outras pessoas possam conhecer o grande perigo, que há nos Ralos de Piscinas.
O Blog, FLAVIA, VIVENDO EM COMA, - http://www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com/ - criadopor Odele, mãe de Flávia levou a TV Record do Brasil a usar o caso de Flavia para fazer uma reportagem sobre a lentidão dos processos judiciais em nosso país
Breve História sobre o caso de Flávia relatado por sua mãe " O início:
Aconteceu assim: Dia 06 de Janeiro de 1998.
Quatro horas da tarde e fazia muito calor. De férias de meu trabalho na HP, eu lia um livro na sala quando Fernando e Flavia em trajes de banho, me disseram que estavam descendo para a piscina. Morávamos no 8º. andar da Av.Juriti, 541 em Moema – S.Paulo. Fernando faria 14 anos em Abril, Flavia acabara de completar 10.
Meus filhos estavam acostumados a nadar naquela piscina, que media 7,10m por 6,40m com profundidade média de 0,95m, perfazendo um volume de água de aproximadamente 43 m3. Flavia sempre foi uma menina grande para sua idade. Em pé, em toda a extensão da piscina a água lhe chegava um pouco abaixo dos ombros, era portanto, uma piscina rasa. Além disso, Flavia freqüentava aulas de natação desde bebê e nadava com desenvoltura.
Por volta das 18.30h horas eu fazia qualquer coisa dentro de casa quando ouvi os gritos de Fernando vindos da piscina. Pensei que ele estivesse brincando e preocupada que seus gritos incomodassem os vizinhos, me aproximei da janela da área de serviço, de onde eu avistava a piscina. A cena que vi ficou para sempre gravada em minha memória: Flavia estendida no deck da piscina e Fernando, em desespero, debruçado sobre ela. Chamei por Fernando e ele ao me ver na janela gritou:- Mãe!!! Flavia..... Percebi que algo terrível acontecera e sem esperar que Fernando terminasse a frase, desci correndo pelas escadas, os oito andares que me separavam de meus filhos.
Já em pânico, tive dificuldades em me aproximar de Flavia devido ao aglomerado de pessoas em volta dela. Alguém me segurou com força e num tom quase hostil dizia que eu deveria me acalmar. Gritei que ela era minha filha e tentei me desvencilhar dos braços que me seguravam. Quando consegui chegar mais perto, vi Flavia de olhos fechados, imóvel, roxinha.
Comecei a repetir para mim mesma:
- Não há de ser nada, não há de ser nada...não há de ser nada....
Infelizmente, o tempo se encarregaria de mostrar que seria uma longa e terrível tragédia e que a partir daquele momento nossas vidas passariam por uma radical e dolorosa transformação. "
E continua...
RALOS DE PISCINAS - PERIGO EMBAIXO D'AGUA..
" Quando em janeiro de 1998, Flavia sofreu o acidente que a deixou como está até hoje, - em coma, as pessoas se mostravam perplexas ao saber de que forma o acidente ocorreu.
-O cabelo dela ficou preso ao ralo da piscina?! Isto é possível?!
Infelizmente é possível sim. Claro que não são todos os ralos. O perigo passa a existir quando o sistema de sucção da piscina estiver instalado de forma inadequada. É preciso que a potência do motor esteja de acordo, isto é, seja proporcional à metragem cúbica de água existente na piscina, o que nem sempre ocorre. E como o usuário vai saber disso? Não tem como. Esta é uma obrigação dos condomínios que jamais deveriam substituir o equipamento de sucção de suas piscinas, sem a devida orientação técnica. Esta medida simples evitaria o que ocorreu na piscina do prédio onde morávamos - um superdimensionamento do equipamento de sucção, trocado sem a necessária orientação técnica, que lhe deixou com potência excessiva para o local onde fora instalado. É obrigação também dos fabricantes desses equipamentos, fazer constar em seus manuais, informações claras e precisas sobre a instalação de seus equipamentos. É básico. É direito do consumidor."
A Justiça Brasileira há 10 anos, deixa Flávia esperando em Coma.
Odele, mãe de Flaávia continua o triste relato:
"Presa ao ralo pelos cabelos, Flavia se afogou, teve parada cardio respiratória e entrou em coma. Hospitalizada, ficou trinta e cinco dias na UTI e mais sete meses no Hospital.
Passados oito meses do acidente, e mesmo Flavia continuando em coma, preferi ter minha filha em casa, para poder dar a ela mais amor e aconchego e assim, com a concordância de seu neurologista, Flavia passou a ser cuidada em casa, pelo sistema Home Care, que para quem não sabe, é um tipo de hospitalização domiciliar. Acredita-se que o Home Care facilita a recuperação do paciente, pois além de estar longe do hospital, a pessoa passa a ter mais convívio com a família.
Nessa época eu trabalhava numa multinacional americana e o plano de saúde da empresa cobria 70% das despesas decorrentes do acidente com minha filha. Durante três anos a empresa de Home Care ficou dentro de minha casa, que se transformou em um mini hospital. Passado esse tempo, estressada com a falta de privacidade pelo convívio 24 horas com pessoas estranhas em minha casa, pedi o encerramento do contrato com a empresa de Home Care e contratei uma equipe de profissionais de saúde, que passaram a cuidar de Flavia. Essa equipe multidisplinar era composta de duas auxiliares de enfermagem que se revezavam em períodos de 12 horas, fisioterapia diária, fonoaudiologia, e médicos de diferentes especialidades, como neurologista, fisiatra, ortopedista, pediatra, dentista,...
Já nos primeiros meses após o acidente e ainda com Flavia no Hospital, tentei negociar com o condomínio do prédio onde morávamos, o recebimento do seguro de responsabilidade civil que o prédio possuía. Nem o síndico nem os moradores do prédio tiveram qualquer atitude ou intercederam junto à companhia seguradora para que me pagasse o seguro devido pelo acidente com Flavia. Esse seguro, de pequeno valor, só me foi pago quase dois anos após o acidente e mediante processo.
Quando consegui sair do estado de choque em que fiquei pelo acidente com minha filha, comecei a questionar o que exatamente teria causado esta tragédia. Por que o ralo sugou o cabelo de Flavia com tanta força a ponto de prendê-la pelos cabelos? Estaria esse ralo com problemas? Contratei então um advogado para apurar as responsabilidades pelo acidente e no início de 1999, demos entrada na Oitava Vara Cível da Comarca da Capital de São Paulo, um processo pedindo indenização por danos físicos e morais pelo acidente ocorrido com minha filha.
E teve início então uma longa batalha pelos direitos de Flavia. Por determinação judicial foram feitas perícias técnicas na piscina onde ocorreu o acidente e constatou-se que o equipamento de sucção de água da piscina estava superdimensionado. Os moradores do prédio querendo aquecer a água da piscina, substituíram o equipamento de sucção, antes com motor de 0,50 cv (meio cavalo-vapor) de potência, por outro de potência de 1,50 cv (um e meio cavalo-vapor). De acordo com o laudo técnico emitido após a perícia determinada pela justiça, essa potência seria adequada para uma piscina de 104m3 de água e não para uma piscina de 43m3 de água, como aquela em que Flavia nadava no momento em que teve seu cabelo sugado pela força da sucção.
Essa superpotência, também de acordo com o laudo técnico, mostrou-se 78% acima do admitido. A troca do equipamento de sucção da piscina foi feita por iniciativa do condomínio e sem orientação ou supervisão técnica. Por sua vez, a empresa fabricante do ralo quando vendeu o equipamento para o condomínio, - consumidor final -, não informou sobre sua utilização e riscos, decorrendo daí a instalação de equipamento hiperpotente para as dimensões da piscina. Em julho de 2002, também por determinação judicial, um laudo neurológico foi feito em Flavia, deduzindo-se que pelas condições atuais da medicina, seu estado de coma é irreversível. Apesar de todas as provas apresentadas e apesar desta batalha judicial já passar dos oito anos, a indenização pleiteada para Flavia, NÃO FOI CONCEDIDA no primeiro nem no segundo julgamento, restando-nos agora a última chance para recorrer, quando no início de 2007, o processo de Flavia seguiu para o Superior Tribunal de Justiça em Brasília.
E se desta vez os direitos de Flavia novamente não forem respeitados, vou lamentar muito, por Flavia e por tantos outros casos em que a própria lentidão da justiça brasileira se configura numa grande injustiça."
O Blog, FLAVIA, VIVENDO EM COMA, - http://www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com/
Bem, publiquei esta triste história que infelizmente parou a vida da linda garota Flávia, para que sirva de alerta a todos e, também para que seja feita Justiça, para este triste caso...
O Blog, FLAVIA, VIVENDO EM COMA, - http://www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com/ - criadopor Odele, mãe de Flávia levou a TV Record do Brasil a usar o caso de Flavia para fazer uma reportagem sobre a lentidão dos processos judiciais em nosso país
Breve História sobre o caso de Flávia relatado por sua mãe " O início:
Aconteceu assim: Dia 06 de Janeiro de 1998.
Quatro horas da tarde e fazia muito calor. De férias de meu trabalho na HP, eu lia um livro na sala quando Fernando e Flavia em trajes de banho, me disseram que estavam descendo para a piscina. Morávamos no 8º. andar da Av.Juriti, 541 em Moema – S.Paulo. Fernando faria 14 anos em Abril, Flavia acabara de completar 10.
Meus filhos estavam acostumados a nadar naquela piscina, que media 7,10m por 6,40m com profundidade média de 0,95m, perfazendo um volume de água de aproximadamente 43 m3. Flavia sempre foi uma menina grande para sua idade. Em pé, em toda a extensão da piscina a água lhe chegava um pouco abaixo dos ombros, era portanto, uma piscina rasa. Além disso, Flavia freqüentava aulas de natação desde bebê e nadava com desenvoltura.
Por volta das 18.30h horas eu fazia qualquer coisa dentro de casa quando ouvi os gritos de Fernando vindos da piscina. Pensei que ele estivesse brincando e preocupada que seus gritos incomodassem os vizinhos, me aproximei da janela da área de serviço, de onde eu avistava a piscina. A cena que vi ficou para sempre gravada em minha memória: Flavia estendida no deck da piscina e Fernando, em desespero, debruçado sobre ela. Chamei por Fernando e ele ao me ver na janela gritou:- Mãe!!! Flavia..... Percebi que algo terrível acontecera e sem esperar que Fernando terminasse a frase, desci correndo pelas escadas, os oito andares que me separavam de meus filhos.
Já em pânico, tive dificuldades em me aproximar de Flavia devido ao aglomerado de pessoas em volta dela. Alguém me segurou com força e num tom quase hostil dizia que eu deveria me acalmar. Gritei que ela era minha filha e tentei me desvencilhar dos braços que me seguravam. Quando consegui chegar mais perto, vi Flavia de olhos fechados, imóvel, roxinha.
Comecei a repetir para mim mesma:
- Não há de ser nada, não há de ser nada...não há de ser nada....
Infelizmente, o tempo se encarregaria de mostrar que seria uma longa e terrível tragédia e que a partir daquele momento nossas vidas passariam por uma radical e dolorosa transformação. "
E continua...
RALOS DE PISCINAS - PERIGO EMBAIXO D'AGUA..
" Quando em janeiro de 1998, Flavia sofreu o acidente que a deixou como está até hoje, - em coma, as pessoas se mostravam perplexas ao saber de que forma o acidente ocorreu.
-O cabelo dela ficou preso ao ralo da piscina?! Isto é possível?!
Infelizmente é possível sim. Claro que não são todos os ralos. O perigo passa a existir quando o sistema de sucção da piscina estiver instalado de forma inadequada. É preciso que a potência do motor esteja de acordo, isto é, seja proporcional à metragem cúbica de água existente na piscina, o que nem sempre ocorre. E como o usuário vai saber disso? Não tem como. Esta é uma obrigação dos condomínios que jamais deveriam substituir o equipamento de sucção de suas piscinas, sem a devida orientação técnica. Esta medida simples evitaria o que ocorreu na piscina do prédio onde morávamos - um superdimensionamento do equipamento de sucção, trocado sem a necessária orientação técnica, que lhe deixou com potência excessiva para o local onde fora instalado. É obrigação também dos fabricantes desses equipamentos, fazer constar em seus manuais, informações claras e precisas sobre a instalação de seus equipamentos. É básico. É direito do consumidor."
A Justiça Brasileira há 10 anos, deixa Flávia esperando em Coma.
Odele, mãe de Flaávia continua o triste relato:
"Presa ao ralo pelos cabelos, Flavia se afogou, teve parada cardio respiratória e entrou em coma. Hospitalizada, ficou trinta e cinco dias na UTI e mais sete meses no Hospital.
Passados oito meses do acidente, e mesmo Flavia continuando em coma, preferi ter minha filha em casa, para poder dar a ela mais amor e aconchego e assim, com a concordância de seu neurologista, Flavia passou a ser cuidada em casa, pelo sistema Home Care, que para quem não sabe, é um tipo de hospitalização domiciliar. Acredita-se que o Home Care facilita a recuperação do paciente, pois além de estar longe do hospital, a pessoa passa a ter mais convívio com a família.
Nessa época eu trabalhava numa multinacional americana e o plano de saúde da empresa cobria 70% das despesas decorrentes do acidente com minha filha. Durante três anos a empresa de Home Care ficou dentro de minha casa, que se transformou em um mini hospital. Passado esse tempo, estressada com a falta de privacidade pelo convívio 24 horas com pessoas estranhas em minha casa, pedi o encerramento do contrato com a empresa de Home Care e contratei uma equipe de profissionais de saúde, que passaram a cuidar de Flavia. Essa equipe multidisplinar era composta de duas auxiliares de enfermagem que se revezavam em períodos de 12 horas, fisioterapia diária, fonoaudiologia, e médicos de diferentes especialidades, como neurologista, fisiatra, ortopedista, pediatra, dentista,...
Já nos primeiros meses após o acidente e ainda com Flavia no Hospital, tentei negociar com o condomínio do prédio onde morávamos, o recebimento do seguro de responsabilidade civil que o prédio possuía. Nem o síndico nem os moradores do prédio tiveram qualquer atitude ou intercederam junto à companhia seguradora para que me pagasse o seguro devido pelo acidente com Flavia. Esse seguro, de pequeno valor, só me foi pago quase dois anos após o acidente e mediante processo.
Quando consegui sair do estado de choque em que fiquei pelo acidente com minha filha, comecei a questionar o que exatamente teria causado esta tragédia. Por que o ralo sugou o cabelo de Flavia com tanta força a ponto de prendê-la pelos cabelos? Estaria esse ralo com problemas? Contratei então um advogado para apurar as responsabilidades pelo acidente e no início de 1999, demos entrada na Oitava Vara Cível da Comarca da Capital de São Paulo, um processo pedindo indenização por danos físicos e morais pelo acidente ocorrido com minha filha.
E teve início então uma longa batalha pelos direitos de Flavia. Por determinação judicial foram feitas perícias técnicas na piscina onde ocorreu o acidente e constatou-se que o equipamento de sucção de água da piscina estava superdimensionado. Os moradores do prédio querendo aquecer a água da piscina, substituíram o equipamento de sucção, antes com motor de 0,50 cv (meio cavalo-vapor) de potência, por outro de potência de 1,50 cv (um e meio cavalo-vapor). De acordo com o laudo técnico emitido após a perícia determinada pela justiça, essa potência seria adequada para uma piscina de 104m3 de água e não para uma piscina de 43m3 de água, como aquela em que Flavia nadava no momento em que teve seu cabelo sugado pela força da sucção.
Essa superpotência, também de acordo com o laudo técnico, mostrou-se 78% acima do admitido. A troca do equipamento de sucção da piscina foi feita por iniciativa do condomínio e sem orientação ou supervisão técnica. Por sua vez, a empresa fabricante do ralo quando vendeu o equipamento para o condomínio, - consumidor final -, não informou sobre sua utilização e riscos, decorrendo daí a instalação de equipamento hiperpotente para as dimensões da piscina. Em julho de 2002, também por determinação judicial, um laudo neurológico foi feito em Flavia, deduzindo-se que pelas condições atuais da medicina, seu estado de coma é irreversível. Apesar de todas as provas apresentadas e apesar desta batalha judicial já passar dos oito anos, a indenização pleiteada para Flavia, NÃO FOI CONCEDIDA no primeiro nem no segundo julgamento, restando-nos agora a última chance para recorrer, quando no início de 2007, o processo de Flavia seguiu para o Superior Tribunal de Justiça em Brasília.
E se desta vez os direitos de Flavia novamente não forem respeitados, vou lamentar muito, por Flavia e por tantos outros casos em que a própria lentidão da justiça brasileira se configura numa grande injustiça."
O Blog, FLAVIA, VIVENDO EM COMA, - http://www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com/
Bem, publiquei esta triste história que infelizmente parou a vida da linda garota Flávia, para que sirva de alerta a todos e, também para que seja feita Justiça, para este triste caso...
Comentários
Estou aqui para lhe agradecer por este post. Esta não foi a primeira reportagem que a TV Record fez sobre Flavia. Há um mês fizeram uma reportagem muito boa no DOMINGO ESPETACULAR. O vídeo está no blog de Flavia.
A divulgação é importante Vera para além de alertar para o perigo desses ralos sugadores, conscientizar também as empresas de sistemas de sucção de piscinas que precisam com urgência desenvolver produtos mais seguros. E protestar contra a lentidão da justiça brasileira, é uma forma de exercer a nossa cidadania. Não se pode admitir - sem protestar - que a justiça deixe uma criança se transformar em mulher enquanto aguarda - em coma - por ver condenados os responsáveis pelo acidente que lhe devastou a vida. É por isso que os acidentes com ralos de piscinas continuam acontecendo, pela IMPUNIDADE.
Obrigada pela divulgação Vera.E foi muito bom você copiar os textos do blog de Flavia, assim não há equívoco de informações, pois sempre tive a preocupação de me manter fiel ao relato dos fatos. MUITO OBRIGADA.
Um beijo pra você.